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8 de abril de 2011

Parece até que já conhecia

Alex Andrade
          Fechava os olhos pra dormir. Em poucos segundos, imaginava uma cidade pequena, pacata e florida. Eu imaginava seu nome como tivesse nascido por lá. Viajava: paisagens, ruas, becos e até as pedras beijadas a todo instante pelas apaixonadas ondas. E por falar em ondas, meu sonho preferido era navegar por uma baía, atravessar uma ponte, mas por baixo! A ponte era muito alta e imponente. De um lado, eu avistava... Opa, que barulho é esse? Olha, tem até avião. Ele precisa contornar duas belas montanhas. Não sou músico, mas dá até pra inventar uma canção: cidade, seu mar praia sem fim, essa cidade foi feita pra mim...
          Meu relógio, deixe-me apresentar, o galo Bombeiro, já disparava a soar a sirene. Passam das cinco da manhã. Hora de recolher o gado. Engraçado, quando acordo tenho a sensação que conheço aquela cidade. Parece tão próxima, atingível, acessível. É tanta vontade de sonhar e voltar a visitar, que me pego contando as horas pra voltar a adormecer e... E, acredite, tenho a maior dificuldade de lembrar dos sonhos. Pra ser mais preciso, só lembro quando sonho com esta misteriosa cidade. Na noite passada, surgiu em meu sonho uma cúpula redonda com um olho gigante. De lá, consegui avistar uma grande Pedra com uma rampa, incrível! Agora eu sei como se sentem os pássaros.

Asa Delta
          Nesta mesma noite, fiz uma visita a um Museu, aliás, um senhor Museu, arte, cinema, acho que em seu acervo tinham mais de cem mil itens, entre publicações, documentos originais, fotografias, vídeos, cartazes e plantas. É muita imaginação! Respirei uma Floresta que, de tão grande, acredito que poderia ser a maior área de mata em meio urbano do mundo. Mergulhei em duas praias, uma muito bacana, já a outra, aqui pra gente, avistei tão belas mulheres, quase me afoguei.

Praia 360 graus
Não, não acabou não! Bateu fome fui a uma confeitaria tinha até cristal nas luminárias, contornei uma montanha à beira-mar, cheguei a uma Praça já passava das XV, começou a soar um aviso de um barco que partia em busca de uma Ilha. Pra que tá? Muito agitado, parei para rezar numa igreja no meio de enormes e largas avenidas. O mais incrível, vem agora. Um OVNI! Acredite, esta é uma cidade de extraterrestres. Ela tem uma nave gigantesca, redonda como nos filmes e, dentro, cabem várias, umas cem mil pessoas abduzidas.

Maracanã
          Na noite seguinte, caminhei por um Jardim, imenso, a variedade de espécies e a majestade da Botânica deixou-me perdido. Caminhei por horas, até que cheguei a outro Jardim, porém, este era o quintal de um palácio, belíssimo, imponente, pensei ser de um imperador... Ih, lá vem o Bombeiro e sua sirene! Fim de sonho, início da realidade. O carro de boi já-já chega para buscar o leite e o queijo. Mas me diz uma coisa, você acha que devo escrever, porque, sabe como é, a idade chega a memória vai embora, a gente esquece tudo. Ah, outro dia sonhei que...
Ipanema à noite - JMGLA

3 comentários:

  1. ...BIA! SEM PALAVRAS. É MUITA EMOÇÃO!

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  2. Com minha foto no início ficou mais emocionante ainda, parabéns!

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  3. Sua foto tem uma tonalidade e uma perspectiva inusitadas. Parabéns a você. Quando quiser publicar aqui, é só enviar. E obrigada pela sua apreciação.

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