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16 de setembro de 2011

Pesquisa de turismo no Morro da Conceição

          O projeto
          Para ampliar a visitação turística ao Palácio da Conceição, um projeto apoiado pelo edital Prioridade Rio 2010, da FAPERJ, está sendo desenvolvido pelo Labo­ratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social do Programa de Engenharia de Produção, da Coppe/UFRJ, em parceria com o Exército (Diretoria de Patri­mônio Histórico e Cultural e 5ª Divisão de Levanta­mento), visando beneficiar guias recém-formados pelo curso de Turismo do Colégio Estadual Antônio Prado Júnior.
           "A equipe envolvida no projeto fez, primeiro, um diagnóstico do potencial turístico do Palácio da Conceição, por meio de inventário patrimonial, histórico e cultu­ral. Depois, organizou um planejamento para a visitação turística do local, dentro dos conceitos mais recentes de sustentabilidade e inovação", resume o coordenador da iniciativa, Roberto Bartholo.

           Marisa Egrejas, coordenadora do projeto, destaca que a ideia é aproveitar o turismo cultural ao morro e ao Palácio da Conceição como uma oportunidade para o desenvolvimento socioeconômico, pela formação profissional dos guias e pelos reflexos positivos que as visitas trarão à comunidade local.
           “Acima de tudo, temos a meta de utilizar o turismo como uma ferramenta para o desenvolvimento social”, ressalta Marisa Egrejas. “O projeto vai além de organizar visitas turísticas guiadas. Houve todo um trabalho prévio de pesquisa acadêmica sobre a memória do prédio e do morro da Conceição, que incluiu a produção de entrevistas com moradores da comunidade sobre os impactos da visitação no local, para então se chegar ao planejamento turístico”, completa.
           Para realizar o levantamento histórico do morro e do Palácio da Conceição, tanto bibliográfico como de história oral, foi necessário um trabalho de campo. A equipe de pesquisadores do Laboratório de Tecnologia e Desenvolvimento Social (LTDS) da Coppe/UFRJ contou com a colaboração voluntária de guias que, durante alguns dias, circularam pelo morro entrevistando os moradores. Este trabalho foi coordenado pela historiadora Lucia Miranda Boaventura, professora do curso de Turismo do Colégio Estadual Antônio Prado Júnior.
          Para o coronel José Cláudio dos Santos Jr., da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército: “O Exército tem uma série de edificações, fortalezas e museus históricos que pertencem ao patrimônio cultural brasileiro. O Palácio da Conceição é um desses locais que ajudam a contar a história do País.”
Equipe
Coordenador geral: Roberto Bartholo
Coordenadora executiva: Marisa Egrejas
Pesquisadores em Turismo: Ana Elizabeth Queiroz, Edilaine Moraes, Fernanda Barcelos e Luiz Eduardo Baptista
Guias voluntárias: Danúbia Faria, Elizabeth Guichard, Heloísa Santos, Márcia Maciel, Maria Amélia Vieira, Vitória Mazei e Viviane Paiva

Fase de levantamento do inventário: Ana Elizabeth Queiroz (coord.)
Fase de levantamento da história oral: Lucia Miranda Boaventura (coord.)

Treinamento dos guias: Ana Elizabeth Queiroz, Maria Martha Maciel Alencastro de Souza e Marisa Egrejas (docentes do curso de Turismo);  Lucia Miranda Boaventura (professora de história). 
***
Agendamento de visitas
O projeto vai oferecer, de 3 de outubro a 8 de dezembro de 2011, visitas guiadas gratuitas ao Palácio e à Fortaleza da Conceição. Nesse período, 64 visitas serão realizadas, de segunda a quinta-feira, nos turnos da manhã e da tarde.

Agendamento para grupos de, no máximo, 25 pessoas, pelo email:
palaciosdorio@gmail.com
Divulgação / Marisa Egrejas
          Sobre o Palácio da Conceição 
          O morro da Conceição possui estreita ligação com o desenvolvimento do Rio de Janeiro desde os primórdios da colonização.
          Inicialmente, foi frequentado pela Igreja, com a construção de uma pequena capela em homenagem à Nossa Senhora da Conceição, em 1634, que se tornou Convento dos Capuchinhos. No século XVIII, a construção passou a abrigar a residência do primeiro bispo do Brasil, Frei Francisco de São Jerônimo, tornando-se conhecida à época como Palácio Episcopal do Rio de Janeiro.
          Depois das invasões francesas na antiga capital da Colônia, nos primeiros anos do século XVIII, uma fortaleza foi construída no morro da Conceição, reconhecido como ponto estratégico por vis­lumbrar parte da cidade e da Baía que lhe dava acesso. A fortaleza foi construída na vizinhança do Palácio Episcopal.
          No início do século XX, o arcebispo mudou-se para o Palacete da Glória e o antigo Palácio foi comprado pelo Exército para instalar a Missão Austríaca responsável pela modernização da cartografia naquela época.
          Hoje, este complexo patrimônio histórico nacional – Palácio e Fortaleza da Conceição – pertence ao Exército e abriga a 5ª Divisão de Levantamento, dedicada à produção e venda de cartas topográficas. O prédio fica no morro da Conceição, nas imediações da Praça Mauá, Zona Portuária da cidade. 
Dados colhidos no site da FAPERJ

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