Produzido no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro - ISERJ. Nosso e-mail: cidadeeducativa@googlegroups.com

23 de novembro de 2013

O que falar do Centro Cultural Donana?

Mônica Vallim é graduanda de Pedagogia no ISERJ e integrante do grupo Aprender nas ruas.

         Para o grupo Aprender nas ruas, ter o documentário Agora você é índio selecionado para o Festival Globale 2013 foi gratificante. Como a exibição seria em Belford Roxo, ir de trem foi a minha primeira opção de viagem. Uma possibilidade bem agradável, se os trens funcionassem decentemente aos finais de semana. Mas não. Só há horários regulares das linhas nesse ramal durante a semana,  para o povo trabalhar. No domingo, dia que poderia ser utilizado para o lazer e as atividades culturais por várias famílias que lá residem, esse tipo de transporte de massa só funciona até 14h. Esse é o nosso Rio de Janeiro às vésperas da Copa de 2014, segregando cada um no seu quadrado. 
          Restou-me então ir de ônibus. Peguei o 766 para Madureira e de lá peguei o 800 que literalmente dá a volta ao mundo e vai pela via Dutra. Somando ida e volta, fiquei umas quatro horas e pouco dentro de ônibus. Se eu pegasse um interestadual na Rodoviária Novo Rio, em cinco horas estaria no Terminal Tietê em São Paulo. É muito tempo dentro de um ônibus para sequer sair do estado do Rio de Janeiro! E quem mora por lá vivencia esse colapso de transporte urbano diariamente.
            A rua Aguapeí, onde se situa o Centro Cultural Donana, não consta na busca do Google Maps (será que é por ter um nome indígena?). O curioso é que outras ruelas constam. Vai entender o porquê... Logo a rua de um Centro Cultural não está lá... Mas as referências que o pessoal do Donana colocou junto à divulgação do evento no Facebook foram suficientes para que eu chegasse lá sem grandes dificuldades. Mesmo assim, logo que saltei do ônibus e saí da rua principal, confirmei as indicações na primeira birosca aberta que encontrei . Estava tudo certo. Fui com a minha filha, Fernanda Vallim, professora na Escola Municipal Rudá Iguatemi Vila Nova em Nova Aurora, um bairro vizinho mais pobre, também de Piam em Belford Roxo.
             A simplicidade do Donana nos chamou atenção. Uma casa térrea ainda em obras num terreno de esquina e com o muro grafitado. Como não vi movimentação onde pensei que fosse a entrada principal, contornei a esquina e me deparei com uma entrada de garagem semiaberta. Vi algumas poucas pessoas, bati palmas e fui convidada a entrar. Fui recebida por Aline Germano, do Festival Globale Rio, e Érika Nascimento, coordenadora do Cineclube, que me apresentaram às demais pessoas que já estavam por ali.
           Enquanto não começava a sessão do Cineclube, fiquei sabendo um pouco da história e das atividades que acontecem naquele espaço cultural que inicialmente era apenas o quintal generoso da casa de Dona Ana, mãe de Dida Nascimento, presidente do Donana. Nesse espaço, antes da criação do Centro Cultural, também funcionou uma escola de alfabetização de adultos fundada pelas irmãs Severina e Iraci.
             Todas as atividades são gratuitas. Há rodas de leituras para os miúdos, e oficinas de artes variadas como desenho, teatro e capoeira. As sessões do Cineclube têm o carinho especial dos anfitriões, com direito à pipoca, um bolo caseiro daqueles que nos lembram dos mimos doces de nossas avós e algum suco, chá gelado ou refrigerante.
          A sessão começou um pouco depois das 18h, pois alguns convidados se atrasaram e o público também veio chegando pingadinho. A sala de exibição deve ter aproximadamente uns 50m2. Tem uma tela grande, projetor, caixas de som, umas 40 cadeiras tipo escolar, algumas mesas laterais, dois grandes ventiladores e negras cortinas de TNT.
           O pequeno público presente, talvez umas 20 pessoas, era em sua maioria adulto, mas havia uns poucos jovens e até crianças.
           A crítica que faço ao nosso documentário se estende aos demais: a má qualidade do áudio, que nos impõe a colocação de legendas, é um complicador para o público com dificuldades para a leitura rápida. Mas o debate compensou essa falha, pois esclareceu detalhes omissos ou equivocados e encorajou a participação do público.
       Esse bate-papo que aconteceu após a sessão acabou tendo um contorno político, de conscientização sobre as questões denunciadas nos documentários e nos problemas cotidianos do próprio bairro com o saneamento, os transportes, o meio ambiente e o direito à cultura.
          Yoshiharu Saito, um dos debatedores e defensor do meio ambiente, ao cumprimentar Dida pelo cargo de subsecretário de cultura de Belford Roxo, lembrou da necessidade de ocupação de cargos políticos por moradores do local para minimizar esses problemas.
           Iniciativas assim precisam de mais apoio e divulgação para que se multipliquem. São trocas muito ricas e necessárias em nossas pobres periferias, só lembradas em anos eleitorais ou quando acontece alguma tragédia dantesca. Na cidade de Belford Roxo residem em média 500 mil habitantes. Muitos jovens e crianças têm como único lazer a rua ou a TV. Até 2010 não existia sequer uma sala de cinema popular que os contemplasse e fizesse por eles a diferença que o Donana é capaz de promover, envolvendo-os com arte, cultura e consciência política.
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O Centro Cultural Donana surgiu em meados da década de 80, como um espaço voltado para as artes e alfabetização de crianças, jovens e adultos, além de diferentes atividades como exposições e festas com os músicos da Baixada Fluminense. Este cenário – uma casa sem muros e repleta de manifestações culturais e artísticas, localizada no bairro Piam – proporcionou o fomento a uma geração musical que deu origem a bandas como KMD5, Negril e Cidade Negra. A partir disso, Belford Roxo ganhou visibilidade, deixando para trás o título de ‘cidade mais violenta do mundo’, segundo dados da época, fornecidos pela ONU.                                                    
Para visitar o site do Donana, clique aqui
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Ficha técnica do documentário Agora você é índio (20’, 2012),
uma produção FAPERJ / ISERJ / FAETEC
Sinopse
Entre o índio imaginário, o invisível e o histórico, o curta procura entender o índio real no contexto urbano: na feira de artesanato, na escola e no prédio do antigo Museu do Índio, sede da Aldeia Maracanã. Através de imagens, sonhos e entrevistas, identidades se misturam e se redescobrem pelo olhar do outro.

Linhas de discussão
O preconceito contra indígenas no Brasil é gritante e o desconhecimento acerca da sua existência nas cidades é ainda maior. O filme dá visibilidade a essas questões e se reporta aos estereótipos na escola e a necessidade de identificar no indígena um cidadão e um trabalhador que questionam a ordem social excludente.
Palavras-chave: Índios em contexto urbano, Segregação cultural, Educação, Aldeia Maracanã

Equipe
Direção: Bia Albernaz / Assessoria e edição: Jorge Efi / Atores: Dauá Puri e Ricardo Araújo Oliveira / Roteiro: Antonio Pinheiro, Bia Albernaz, Carmel Farias, Carol Granato, Cida Donato, Cris Muniz, Dilson Miklos, Elen Cabral, Fátima França, Patrícia Nascimento, Malu Pinto, Marcia Fernandes, Márcio Salles, Mônica Vallim / Câmera: Antonio Pinheiro, Gilson Bueno e Walter Cecchetto Filho / Música: Marcelo Lion / Produção: Grupo Aprender nas ruas, Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro e Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio de Janeiro.

Para ver o filme, clique aqui

A participação da criança na cidade 3 - A favela e a cidade na perspectiva infantil

Márcia Fernandes

                 Nesta terceira postagem da série de postagens que resumem um dia no seminário  "A criança e sua participação na cidade" promovido pelo CECIP, trazemos a perspectiva da criança sobre a cidade e a favela. Consultá-las  foi um grande avanço, pois as contribuições que surgiram após essa escuta trouxeram novas soluções  para se pensar o futuro da  cidade   uma cidade construída para as crianças e pelas crianças.
                  Essa participação da criança nas mudanças da sua cidade também é um conceito de aprendizagem, tanto para a criança quanto para o adulto, que participa dessa mediação social e precisa estar imbuído deste conceito do aprender.
                        Construir práticas para a promoção da criança como cidadã é criar caminhos para que essa cidadania nasça ainda no seio da família. Na verdade, trata-se de  uma construção de educação identitária, pois busca o reconhecimento do pequeno cidadão como sujeito de direitos.
                        Mas como a criança pode participar dessa construção sem que seja manipulada e sem que seus mediadores decidam o que ela quer?  Mais do que isso, sem que se limite ao que se espera dela? Através da escuta de suas ideias.  Esse processo, portanto, não corresponde apenas a um modelo de participação, mas sim a um exercício de ouvir a criança. O melhor modelo de participação reside na tentativa de organização da própria criança com os seus pares, junto a  uma participação direta nas ações implantadas em sua comunidade, seu bairro, sua cidade.
                     Durante as discussões em torno de metodologias, no Seminário, algumas teses foram apresentadas. Uma delas resumiu a pesquisa de doutorado de Beatriz Corsino Pérez, na UFRJ: Noção de Cidade, resultados da  pesquisa realizada em comunidades, a dicotomia: asfalto e favela e o Projeto Criança Pequena em Foco.
                     Sobre a noção de cidade, a autora traz a reflexão de que a criança já nasce numa cidade planejada, ou seja, num espaço construído, onde tanto a criança  quanto  o adulto têm de se adaptar. Essa cidade idealizada  é transformada e modelada sem a   participação ou opinião de seus moradores e principalmente das crianças. A pesquisa de Beatriz Corsino, realizada nas comunidades  Chapéu Mangueira, Santa Marta e Babilônia, na zona sul do Rio de Janeiro, ouviu os relatos das crianças sobre o que elas gostariam que fosse modificado em sua comunidade e o que elas gostariam que fosse conservado. Este momento foi também a oportunidade de conhecer um pouco mais a criança que vive nestes espaços e como elas veem a relação entre asfalto e favela.
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                   O conceito de infância ainda está focado na ideia de criança concebida no século XVIII, no qual se insere a noção de pensamento como um campo universal idealizado em moldes europeus, sem incluir a concepção de evolução, nem situar quem é a criança sobre a qual se fala e qual a sua realidade.
             A infância moderna ainda é vista pelo Estado dentro dos modelos europeus sem as referências específicas, como por exemplo as da cidade do Rio de Janeiro. E o que é mais importante: em relação a este modelo de infância, a criança da comunidade corresponde a uma má infância.
               É urgente, portanto, entender quem é essa criança, assim como compreender que essa infância passou pela modernidade acompanhada de todos os desafios e circunstâncias em seu entorno, enfim que ela existe sim, mas em relação a um conceito diferente do que comumente se propõe. Além disso, é preciso reconhecer que não há nenhum modelo de participação previsto para a criança dentro da cidade.
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                   Logo, a ideia de ação que se propõe é que se faça surgir um amor pela cidade dentro de uma perspectiva voltada para uma infância contemporânea. Tal ação foi pensada no Projeto Criança Pequena em Foco, desenvolvido nas comunidades dos morros de Santa Marta e Babilônia   cujo objetivo foi promover espaços de trocas entre a criança e o poder público. Neste projeto, algumas perguntas foram pensadas para estabelecer estratégias relacionadas ao foco proposto. Algumas delas são: Qual a relação das crianças com o lugar que vivem? Como é a cidade na perspectiva  dessas crianças? A comunicação inicial com as crianças foi difícil, por isso foi criado um passeio fotográfico e se chegou a algumas respostas.
                 A relação da criança com o lugar que vivem é mediado pela visão das crianças de ambas as comunidades de que este é o lugar da famíliaPelas  fotografias, respostas foram sendo construídas. Através dos lugares escolhidos foi possível entender a noção de espaço de família e ao mesmo tempo de espaço construído.
             Na Babilônia, as crianças caracterizaram a sua comunidade como sendo um lugar para brincar. O espaço ali é muito arborizado e o fator “natureza” é importante para o dia a dia das crianças, cujas brincadeiras incluem constantes subidas em árvores. Chega-se assim a um tipo de experiência distinta de outros espaços considerados de  boas infâncias segundo o olhar do poder público.
             Contudo, as crianças do morro da Babilônia reclamaram das moradias  sem estruturas e relataram a perda do  Campinho, que era um espaço de apropriação de brincadeiras como jogar bola e bolinha de gude, modificado pela Prefeitura sem a consulta dos moradores e principalmente das crianças que mais utilizavam o espaço. O espaço foi aterrado e se tornou uma área acimentada!
              A relação com a cidade, ou seja, a perspectiva de cidade é relatada pelas crianças como a do encontro entre a favela e o calçadão (de Copacabana). Este momento é retratado como uma experiência estritamente urbana, de encontro com estranhos que não fazem parte do cotidiano e das vivências dessas crianças segundo elas mesmas.
             Na comunidade do morro Santa Marta, sobre a relação das crianças com o lugar em que vivem, muito foi falado sobre o bondinho ou teleférico, como sendo quente e apertado, e sobre a pracinha da comunidade que possui muitos brinquedos quebrados.
            Para as crianças do Santa Marta, o   conceito  de cidade  está relacionado ao momento de diversão, a ir para o calçadão, poder ir ao shopping e visualizar os prédiosem relação aos quais nutrem um imenso desejo de morarem algum dia.
          Dentre as considerações finais das  pesquisas, a autora destaca a falta de interesse  em ouvir e dar espaço à participação das crianças nas mudanças feitas em suas comunidades, o que reflete diretamente em suas vidas e principalmente em sua infância.

Então, vamos ouvir as crianças! Até a próxima postagem.
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Escute a menina Severn Suzuki na Conferência da ONU por ocasião da ECO-92

12 de novembro de 2013

A participação da criança na cidade 2 - A construção dos Direitos da Criança

                                                                                                                                  Márcia Fernandes
O seminário A participação da criança na cidade (IFCS/UFRJ,20.09.2013)
trouxe duas observações relevantes:
1) a valorização da  participação da criança ao tomar  iniciativas e decisões para a sua própria vida dentro da cidade;
2) uma pergunta reflexiva: Que cidade teremos  para a nossas crianças nos próximos 50 anos?
                                                                                 
        As primeiras colocações foram em torno da construção do direito da criança. Antes de ser uma criança-cidadã, ela precisa ser um  cidadão de direitos e vê-los respeitados. Somente dessa forma ela acreditará que a  sua participação na sociedade tem importância  e que essa participação pode interferir  no planejamento dos projetos da cidade.
          Atualmente,  muitos avanços foram feitos, mas  muito mais ainda  se precisa fazer para que essa  cidade seja pensada  e planejada também para as crianças.
          A construção do direito da criança é algo muito recente. O cuidado com a criança, antes vista  só como  objeto de cuidados e não como sujeito de direitos, foi conquistado a partir de 1945 com a criação do Fundo UNICEF pela ONU após a 2ª guerra mundial. O objetivo da criação do Fundo foi ajudar as crianças que sofreram  com a guerra.  Mas em 1953 a UNICEF se tornou uma instituição. Presente hoje em 191 países, essa é  a única organização mundial que se dedica exclusivamente às crianças. 
        Os direitos da criança foram assegurados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas  esse ainda não era um documento específico para a criança.  Composta por 54 artigos, a  Convenção dos Direitos da Criança só foi criada em 1989.  A partir daí, os avanços em torno do respeito à criança cresceram e tomaram novos rumos.
          Depois, no Brasil, foi criado  o ECA,  o Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990. Durante o debate, os artigos 15 e 16 foram destacados como  os mais difusos pois o primeiro trata  dos direitos à liberdade e o respeito à dignidade;  e o  segundo, traz os seguintes aspectos: o direito à opinião e expressão, à participação da vida familiar e comunitária sem discriminação e à participação da vida política na forma da lei. 
          Também no ECA, o artigo 53, sobre o direito à educação, visa o pleno desenvolvimento de sua pessoa, o preparo para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho, assegurando-lhe o direito à participação em entidades estudantis. O que chama a atenção é que este artigo abrange mais a adolescente do que a criança pequena.
         Por último, destacou-se o Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes,  que tem como meta de 2011 a 2020 aumentar a participação da criança na vida política, social, cultural e econômica do país e da sua cidade.

7 de novembro de 2013

A participação da criança na cidade 1

Márcia Fernandes
Esta é a primeira postagem de uma série que sintetizará  os  principais pontos  discutidos no Seminário Criança e sua participação na Cidade, que aconteceu nos dias 20 e 21 de setembro de 2013 no Instituto de Filosofia e Ciências e Sociais/UFRJ.
O Seminário foi promovido pelo CECIP, Centro de Criação de Imagem Popular e pelo Laboratório de Antropologia Urbana do IFCS/UFRJ. Teve a participação de representantes da academia, de movimentos sociais, de Ongs, de organizações comunitárias e do poder público, e também de crianças.

Os principais objetivos do seminário foram:
1)    Discutir o atual processo de transformação urbana na cidade do Rio de Janeiro;
2)    Promover maior participação dos moradores na tomada de decisões para o futuro dos que vivem nesta cidade;
3)    Criar reflexões, promover debates, discutir estratégias  e relatar experiências concretas que possam se  transformar em políticas públicas;
4)    Ouvir as crianças, escutar suas sugestões para uma melhor qualidade de vida dentro da cidade.


Destacarei somente as atividades ocorridas no primeiro dia, 20 de setembro, no qual várias mesas discutiram os temas apontados acima.


Esta série de postagens se estruturará em seis eixos que são os temas relevantes apresentados no seminário:
•    A construção dos direitos da criança
•    A favela e a cidade na perspectiva das crianças
•    Infância e a Cidade
•    Por que ouvir as crianças?
•    Cartografia afetiva
•    Ongs, Instituições privadas, Movimentos Sociais e o Poder Público

                                                  ***
                                                     Por que escutar a criança?
Crianças entre 4 e 12 anos podem ajudar a formular políticas públicas.
Durante o ano de 2012, o CECIP desenvolveu o projeto Criança Pequena em Foco, com crianças das favelas Santa Marta, Babilônia e Chapéu-Mangueira.
O livreto Vamos ouvir as crianças sugere atividades que levantam as sugestões das crianças sobre o lugar onde moram. Essas oficinas são simples e podem ser reproduzidas facilmente em escolas ou em outras comunidades.
Exemplos de oficinas: confecção de crachás (20min); brincadeira Lugares da comunidade (45min); Os caminhos das crianças (45min); Como se brinca na rua (45min) etc.
Para fazer download do arquivo com o livro na íntegra, clique aqui.